Já nem se pode lanchar descansada.
Junto ao saco do pão costuma estar uma faca de serrilha, daquelas bastante grandes, mesmo próprias para cortar o pão. Estava a encher um copo com sumo tropical e uma senhora, na casa dos 60 mas com um pé nos 70, brinda os presentes com a seguinte intervenção: “esta faca é mesmo parecida à da matança do porco”. Não contente, acrescenta: “só que a da matança é mais bicuda...” e ainda “...que é p’ra espetar bem no porco”. Desistindo de ser tolerante face a observações sobre uma prática que não considero de forma alguma tolerável, manifesto-me, pedindo que me poupem de ouvir tais comentários. Porque considero uma barbaridade aquilo de que estão a falar.
A senhora responde-me: “Fique sabendo que é uma festa bem alegre”.
“Parece-me, acima de tudo, errado e, para além disso, primário festejar o sofrimento de um animal e a sua morte em tais condições. A esse tipo de celebrações assistia-se na Idade Média, no tempo em que não havia sumo tropical engarrafado nem facas de inox para cortar o pão” rematei.
Ainda não consigo impedir que se cometam este tipo de atrocidades mas de há muito tempo para cá que deixei de poupar das minhas críticas quem defenda actos cruéis contra os animais. Também não me poupam a mim.
Chamem-me radical ou extremista, mas eu cá orgulho-me de nunca ter atropelado um pombo!
Ainda não consigo impedir que se cometam este tipo de atrocidades mas de há muito tempo para cá que deixei de poupar das minhas críticas quem defenda actos cruéis contra os animais. Também não me poupam a mim.
Chamem-me radical ou extremista, mas eu cá orgulho-me de nunca ter atropelado um pombo!
Concordo absolutamente com Dalai Lama ao sublinhar que o civismo das pessoas vê-se pela forma como tratam os animais.
E como diz o senhor da Renascença: "vale a pena pensar nisto..."