Quando chove a bom chover, os Ingleses usam a expressão “está a chover cães e gatos”.
Por terras lusas, mais propriamente na zona do Castelo, já se pode recorrer à expressão - também bastante original - “está a chover limões” quando… efectivamente… chovem limões. Facto que sucedeu, pelo menos, uma vez. E eu sou testemunha. Não assisti à chuvada, ou melhor, à limonada, mas assisti às cítricas – e não pouco azedas - consequências.
Afinal o que sucedeu?
Caíram limões do céu. É verídico. Qual “Magnólia” de Paul Thomas Anderson.
Mas desenganem-se as mais gulosas porque de Tom Cruise não se viu rasto no centro histórico da capital…
Domingo à noite. Estava no meu quarto e preparava-me para dormir. Soltam-se palavrões - dos grossos! - do lado de fora da janela. Primeira interrogação: mas porque raio vem a malta d’Alfama à bica ao castelo?
Continuam as obscenidades mas eu sem curiosidade de maior que me movesse até à janela. Tocam à campainha. Aí sim, vou à janela. A dona e senhora do palavrão dirige-se a mim: “Tem alguma coisa a ver com aquele pátio?”
Eu, à cautela, respondi que não mas a Bocage renascida tinha alguma razão. O pátio, alegadamente o local do crime, era familiar.
Depois de uma breve descrição dos factos por parte da vítima, ligo imediatamente para a minha prima mais nova que, como é seu apanágio, tinha feito das suas.
Inquirida quanto ao sucedido disse-me ”Foram só aparas de limão. Íamos fazer um carioca e como não usámos todas as raspas, atirámo-las à rua”.
Por terras lusas, mais propriamente na zona do Castelo, já se pode recorrer à expressão - também bastante original - “está a chover limões” quando… efectivamente… chovem limões. Facto que sucedeu, pelo menos, uma vez. E eu sou testemunha. Não assisti à chuvada, ou melhor, à limonada, mas assisti às cítricas – e não pouco azedas - consequências.
Afinal o que sucedeu?
Caíram limões do céu. É verídico. Qual “Magnólia” de Paul Thomas Anderson.
Mas desenganem-se as mais gulosas porque de Tom Cruise não se viu rasto no centro histórico da capital…
Domingo à noite. Estava no meu quarto e preparava-me para dormir. Soltam-se palavrões - dos grossos! - do lado de fora da janela. Primeira interrogação: mas porque raio vem a malta d’Alfama à bica ao castelo?
Continuam as obscenidades mas eu sem curiosidade de maior que me movesse até à janela. Tocam à campainha. Aí sim, vou à janela. A dona e senhora do palavrão dirige-se a mim: “Tem alguma coisa a ver com aquele pátio?”
Eu, à cautela, respondi que não mas a Bocage renascida tinha alguma razão. O pátio, alegadamente o local do crime, era familiar.
Depois de uma breve descrição dos factos por parte da vítima, ligo imediatamente para a minha prima mais nova que, como é seu apanágio, tinha feito das suas.
Inquirida quanto ao sucedido disse-me ”Foram só aparas de limão. Íamos fazer um carioca e como não usámos todas as raspas, atirámo-las à rua”.
É incrível como na adolescência pensamos que enganamos qualquer um com a história mais esfarrapada...
Claro está que ela e o seu cúmplice – de cabelinho à pajem e expressão de menino exemplar - não me souberam explicar como é que meras tiras de limão se tinham transformado, durante o vôo picado do 1.º andar até à rua, em meio limão que por sua vez se esfarelou em sumo na escassa cabeleira da madame que ia a passar.
Moral da história: primas criativas e saídas da casca (de limão ou de outro fruto qualquer) todos temos, por isso, em zona de terraços e limoeiros, proteja-se!
Um capacete de engenheiro, um toque de equitação ou até uma toca de natação - daquelas com flores em relevo que as "séniores" usam na hidroginástica - são artigos que podemos encontrar facilmente lá em casa (esta frase lembra-me aquele programa de ciência para míudos) e que podem evitar um travo a amargo, em cabelos ao vento, numa noite de Verão.
Claro está que ela e o seu cúmplice – de cabelinho à pajem e expressão de menino exemplar - não me souberam explicar como é que meras tiras de limão se tinham transformado, durante o vôo picado do 1.º andar até à rua, em meio limão que por sua vez se esfarelou em sumo na escassa cabeleira da madame que ia a passar.
Moral da história: primas criativas e saídas da casca (de limão ou de outro fruto qualquer) todos temos, por isso, em zona de terraços e limoeiros, proteja-se!
Um capacete de engenheiro, um toque de equitação ou até uma toca de natação - daquelas com flores em relevo que as "séniores" usam na hidroginástica - são artigos que podemos encontrar facilmente lá em casa (esta frase lembra-me aquele programa de ciência para míudos) e que podem evitar um travo a amargo, em cabelos ao vento, numa noite de Verão.